Escrito por Ualype Uchôa
Iniciante:
Hidrostática e Geometria
a) Deve-se perceber que a parte submersa (bem como a emersa) consiste em uma calota esférica:
A parte tracejada horizontal corresponde à superfÃcie da água. Observe que foi utilizado o Teorema de Pitágoras. Devemos determinar então a altura da calota; perceba que esta corresponde à . Sendo assim, utilizemos a fórmula dada:
,
,
e, utilizando :
,
.
Com um pouco de álgebra, chegamos na seguinte expressão:
.
b) A esfera permanece em equilÃbrio pois a soma vetorial das forças atuantes nela é nula, isto é, o empuxo cancela o peso. Logo, podemos escrever (lembrando do Teorema de Arquimedes):
,
,
,
.
c) Neste item, devemos ter posse do valor de . Para isso, podemos fazer medições na figura dos diâmetros do  cÃrculo que demarca a intersecção da fruta com a superfÃcie da água e da própria melancia (é mais interessante do que medir o raio em si, pois fica difÃcil determinar onde se encontra o centro da melancia!), e então, fazer a razão entre eles para determinar (em nosso modelo, esta razão é a mesma caso tirássemos as medidas reais das dimensões; em nosso caso, aparece um fator de escala que cancela ao realizar na divisão). Em tese, este valor independe de onde você vai medir a figura (da tela do seu celular, em uma folha de papel, na tela do computador, etc), pois o que estamos buscando é apenas a razão entre as medidas. Medindo, achamos . Substituindo e o valor de encontrado na fórmula para :
.
Pequenas flutuações em torno deste valor também são aceitáveis (de até ).
a) .
b) .
c)Â .
Intermediário:
Energia, Momento e Gravitação
Como o sistema é isolado, tanto a sua energia mecânica mecânica como seu momento linear são conservados. Seja a velocidade de quando possuir . Conservando o momento linear:
,
.
E, pela conservação da energia mecânica:
,
Lembrando que a energia potencial gravitacional entre duas massas é , onde é a distância entre os corpos. Chame de a distância final. Substituindo na equação de conservação de energia:
,
,
.
.
Avançado:
Eletrostática
Parte A:
A.1) A condição de aterramento é que o potencial nas superfÃcies de ambas as cascas seja nulo. Sejam e as cargas induzidas nas cascas interior e exterior, respectivamente. Escrevendo o potencial elétrico na superfÃcie da casca interior:
,
.
E na casca exterior:
,
.
A.2) Resolvendo-se o sistema para e , encontramos:
,
.
Parte B:
B.1) A resolução de uma situação desse tipo pode ser encontrada na Ideia 12 (Método das Imagens) , na seção "Esfera Aterrada". Para vê-la, clique aqui. Sendo assim, podemos escrever:
e ,
e .
B.2) Generalizando as definições, temos que a carga imagem (que está a uma distância do centro das cascas) serve de objeto para a carga imagem , de tal forma que o potencial na superfÃcie da casca interna seja zero, e, analogamente, a carga imagem (que encontra-se a uma distância do centro) serve de objeto para a carga imagem , de tal forma que o potencial na superfÃcie da casca externa seja zero. Utilizando os resultados do item anterior:
e ,
e .
B.3) B.3.1) Agora, relacionemos as quantidades de Ãndice e . Seguindo a mesma lógica do item anterior (trocando por e por ):
e ,
e .
Substituindo os valores acima nas expressões encontradas no item B.2), primeiramente para :
,
,
.
    B.3.2) Fazendo o mesmo processo para , encontramos:
.
B.4) Trabalharemos apenas com , pois o processo é inteiramente análogo para (a verificação deste fato pode ser deixada como exercÃcio). Da relação de recorrência encontrada,
,
podemos supor uma solução do tipo (onde é uma constante), e, por consequência, . Desta forma:
,
o que implica:
.
Como a recorrência é do tipo homogênea, linear e de segunda ordem, a solução geral será do tipo:
.
Onde e são constantes determinadas pelas condições iniciais, e . Sabemos que e . Substituindo na solução geral, encontramos um sistema linear para e :
Resolvendo-o:
,
.
Substituindo as constantes encontradas na expressão para :
.
E com o mesmo processo para :
.
B.5) Para o vácuo, a Lei de Gauss possui a seguinte forma:
.
Onde a integral fechada deve ser feita ao longo de uma superfÃcie qualquer (que costuma ser chamada de gaussiana), e é a carga que se encontra dentro de tal superfÃcie. Sendo assim, escolhamos uma superfÃcie gaussiana esférica (concêntrica à casca) cujo raio se estende para um pouco além do raio da casca. Aplicando a Lei de Gauss neste contorno para a situação real, , onde é a carga induzida na superfÃcie da esfera. Agora, façamos o mesmo procedimento para a situação imaginária (método das imagens) onde temos a carga e uma carga imagem (que se encontra dentro da esfera). O campo elétrico desta configuração é exatamente o mesmo da anterior (para que o Teorema da Unicidade seja respeitado), bem como a área, já que estamos utilizando a mesma superfÃcie gaussiana; porém, , portanto a carga induzida tem o mesmo valor de , como querÃamos demonstrar.
B.6) Perceba que o termo geral para encontrado em B.4) consiste em duas progressões geométricas infinitas. Portanto, a soma que devemos realizar se divide em duas:
.
Perceba também que é necessário retirar , pois ela não entra na contabilização da carga induzida.
A primeira no membro direito possui razão . Logo, a soma de seus termos será dada por:
,
.
E para a segunda, de razão :
,
Desta forma, a carga induzida na casca interior será dada por:
,
.
Repetindo-se o processo para a casca exterior:
.
Em concordância com os resultados da parte A.
Parte A:
A.1) e .
A.2) e .
Parte B:
B.1) e ,
   e .
B.2) e ,
e .
B.3.1)
B.3.2)Â .
B.4)Â e .
B.5) Demonstração.
B.6) e .