Fotoperiodismo

Assim como ocorre com os seres humanos e outros animais, as plantas são sensíveis às variações na intensidade da luz solar que ocorrem ao longo do dia. 

No contexto da botânica, a duração do período claro do dia em relação ao período escuro (noite) é chamado de fotoperíodo. Para a maioria das plantas, o fotoperíodo é um dos fatores principais a determinar, por exemplo, o desabrochamento das flores, como veremos adiante.

Com relação ao fotoperíodo, podemos classificar as plantas em três grupos. As plantas de dia curto são aquelas que florescem em épocas do ano em que a noite tem longa duração. Como exemplos, podemos citar a soja, o arroz, o morango e o crisântemo. Plantas de dia longo, por outro lado, florescem quando a noite tem curta duração. Esse é o caso em plantas como o espinafre, a aveia e o alface. Por fim, algumas plantas não dependem da duração do dia para florescer, mas sim de outros fatores ambientais, como disponibilidade de água e temperatura. Essas plantas são chamadas de neutras ou indiferentes.

Inicialmente, imaginava-se que as plantas eram sensíveis, isto é, “percebiam” fisiologicamente a presença da luz solar. Assim, pensava-se que o fator determinante para a reação da planta ao fotoperíodo seria a duração do período iluminado ininterrupto. Cientistas, no entanto, conduziram experimentos que demonstraram o contrário: o que realmente importa é a duração do período escuro ininterrupto, isto é, a duração da noite. Por exemplo, perceberam que, se interrompessem o período iluminado do dia por alguns minutos de escuridão, a planta florescia naturalmente. Porém, se o período escuro fosse interrompido por alguns minutos de luminosidade, a planta não florescia. A duração mínima do período escuro necessária para que a planta de dia curto floresça é chamada de duração crítica da noite. Nas plantas de dia longo, o período escuro deve ser mais curto que a duração crítica para que ocorra o desabrochamento das flores.