Problemas Aula 1.12 - Oscilações Mecânicas

Escrito por Paulo Henrique

Alguns problemas para você praticar a teoria estudada. O grau de dificuldade dos problemas está indicado com asteriscos (*). Problemas com 1 asterisco é o equivalente a um problema de primeira fase de OBF, 2 asteriscos (**) um de segunda fase,  e 3 asteriscos (***) um de terceira fase.

 

Problema 01 **

Uma massa m=1\,\mathrm{kg} foi presa ao teto por meio de um fio de comprimento l=40\,\mathrm{cm} de massa desprezível. Se elevarmos a massa a um ângulo \theta_0=30^\circ em relação à vertical e lhe dermos uma velocidade tangencial v_0=2\,\mathrm{m/s} na direção em que sua altura diminui, encontre a equação de movimento da massa, ou seja, o ângulo que o fio faz com a vertical em função do tempo a partir do momento inicial.

Solução

Como vimos na parte teórica desta aula, um fio sob a ação da gravidade executa um MHS de frequência \omega=\sqrt{g/l}=\sqrt{10/0,4}=5\,\mathrm{s^{-1}}. Assim, a equação geral do movimento é

\theta(t)=A\cos{5t}+B\sin{5t}

Aplicando as condições iniciais:

\theta(0)=\theta_0=A=\dfrac{\pi}{6}\,\mathrm{rad}

\dot{\theta}(0)=\dot{\theta_0}=-\dfrac{v_0}{l}=-5\,\mathrm{rad/s}

Da equação geral:

\dot{\theta}(0)=5B=-5

B=-1\,\mathrm{rad}

Logo, a resposta final é

\boxed{\theta(t)=\dfrac{\pi}{6}\cos{5t}-\sin{5t}}

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Gabarito

\theta(t)=\dfrac{\pi}{6}\cos{5t}-\sin{5t}

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Problema 02 **

Um cilindro de densidade \rho_C=500\,\mathrm{kg/m^3} se encontra parcialmente imerso num grande reservatório de água de densidade \rho_A=1000\,\mathrm{kg/m^3}. Se o cilindro possui altura h=20\,\mathrm{cm}, encontre sua frequência angular de pequenas oscilações verticais em torno do ponto de equilíbrio supondo que somente o expuxo e a gravidade atuam sobre ele.

Solução

Seja x o comprimento do cilindro que se encontra dentro da água. O empuxo que age sobre ele é

E=\rho_A Axg

Onde A é a sua área de secção transversal. No equilíbrio,

E=P

\rho_A Ax_0g=\rho_C Ahg

x_0=\dfrac{\rho_C}{\rho_A}h

Seja y o comprimento do cilindro que foi afundado acima de x_0, ou seja, y=x-x_0. Como o empuxo gerado por esse excesso irá forçar o cilindro a subir, temos, pela 2ª lei de Newton,

-\rho_A Ayg=\rho_C Ah\ddot{y}

\ddot{y}=-\dfrac{\rho_A}{\rho_C}\dfrac{g}{h}y

Comparando com a equação de um MHS (\ddot{y}=-\omega^2 y), obtemos que a frequência angular é

\omega=\sqrt{\dfrac{\rho_A}{\rho_C}\dfrac{g}{h}}

\boxed{\omega=10\,\mathrm{s^{-1}}}

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Gabarito

\omega=10\,\mathrm{s^{-1}}

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Problema 03 ***

(OBF) Em saltos de bungee jump o tamanho da tira elástica deve ser ajustado de acordo com a massa e a distância de queda. Uma estudante de física resolveu estudar esse fenômeno através de um modelo em escala reduzida. No laboratório uma pequena esfera de chumbo de massa m = 0,4 \; \rm{kg} e suspensa por uma tira elástica de massa desprezível. Ao lado, a figura superior corresponde à situação em que a esfera é abandonada do repouso da altura H = 2,00 \; \rm{m} para início do "salto", cujo objetivo é chegar o mais próximo possível da base sem no entanto tocá-la. A figura inferior ao lado mostra a situação na qual a esfera está em equilíbrio estático. Imagine que em um salto real a parte mais baixa é a superfície de um rio ou lago. Considere que a tira elástica é equivalente a um conjunto de N molas ideais conectadas em série e que cada mola tem constante elástica k = 200 \; \rm{N/m} e comprimento l = 5,00 \; \rm{cm} quando relaxada. Determine: (a) o número N de molas necessárias para esse tipo de "salto", (b) a velocidade e (c) a aceleração máximas atingidas durante o "salto". Desconsidere a ação de forças resistivas.

Solução

(a) Fazendo uma associação de molas, podemos descobrir a constante elástica equivalente do sistema. Como as molas do sistema estão em série, teremos que

\dfrac{1}{k_{eq}} = \dfrac{1}{k_1} + \dfrac{1}{k_2} + \dfrac{1}{k_3} + \cdots + \dfrac{1}{k_n}.

Para N molas de mesma constante elástica:

k_{eq} = \dfrac{k}{N}

Além disso, devido às N molas, o comprimento relaxado da tira será Nl. Para o número N necessário, a tira deverá estar totalmente esticada quando a esfera chegar ao solo. Logo, conservando a energia mecânica do sistema:

mgH = \dfrac{1}{2} k_{eq}\Delta y^2 = \dfrac{k}{2N} (H-Nl)^2

2NmgH = kH^2 - 2KNlH + kN^2l^2

Substituindo os valores:

0,5N^2 -56N +800 = 0

Usando a fórmula de Bháskara, resolvemos a equação quadrática:

N = \dfrac{112 \pm \sqrt{112^2- 4\times 1600}}{2}

N = 56 \pm \sqrt{1536}=56 \pm 16 \sqrt{6}

Usando \sqrt{6}=\sqrt{3} \cdot \sqrt{2} e \sqrt{2}=1,4, \sqrt{3}=1,7 da capa da prova, obtemos as seguintes soluções:

N_+ = 94,1
N_- = 17,9

Como N tem de ser um número inteiro (não há molas fracionadas), ele poderá assumir os valores de 17 ou 94. Perceba que N não pode ser 94, pois Nl = 94\times 0,05 = 4,7 > H. Portanto;

\boxed{N = 17}

Perceba que a aproximação escolhida foi para N = 17, pois, para N = 18, ao realizar a conservação de energia, é possível perceber que a corda estica mais que a altura H; ou seja, a esfera iria colidir com o chão. Veja:

mgH = \dfrac{k}{2N}\Delta y^2

\Delta y = \sqrt{\dfrac{2NmgH}{k}} = y - Nl

y = Nl + \sqrt{\dfrac{2NmgH}{k}}

Para N = 18:

y = 0,9 + \sqrt{1,44} \;\rm{m}= 0,9 + 1,2 \;\rm{m}= 2,1 \;\rm{m}> H

Logo, a esfera colidiria com o chão.

(b) A velocidade máxima ocorre no momento em que a esfera passa a desacelerar, i.e., quando sua aceleração inverte o sentido. Esse é o momento em que a força resultante é nula, quando mg = k_{eq}\Delta y_0. Conservando a energia mecânica do sistema:

mgH = \dfrac{1}{2} m V_{max}^2 + \dfrac{1}{2} k_{eq} \Delta y_0^2 + mgh

Em que h = Nl + \Delta y_0 é a altura em que haverá a velocidade máxima.

mgH = \dfrac{1}{2} mV_{max}^2 + \dfrac{1}{2} \dfrac{m^2g^2}{k_{eq}} + mg\left( Nl + \dfrac{mg}{k_{eq}} \right)

V_{max} = \sqrt{2gH - \dfrac{Nmg^2}{k} - \dfrac{2Nmg^2}{k} - 2Nlg}

V_{max} = \sqrt{2gH - \dfrac{3Nmg^2}{k} - 2Nlg}

Substituindo os valores numéricos:

V_{max} = \sqrt{12,8} \;\rm{m/s} = \sqrt{\dfrac{64}{5}} \; \rm{m/s}

\boxed{V_{max} = 8\dfrac{\sqrt{5}}{5} \;\rm{m/s} \approx 3,52 \; \rm{m/s}}

(c) Agora, temos que a aceleração será máxima quando a força resultante for máxima. Equacionando a Segunda Lei de Newton, tem-se:

ma = k_{eq} \Delta y - mg

a = \dfrac{k_{eq}}{m} \Delta y - g

Vemos então que a aceleração máxima ocorre quando o elástico está esticado o máximo possível, o que ocorre quando a velocidade da esfera é nula. Na situação limite citada no enunciado, isso acontece quando a esfera está muito próxima de tocar o solo, então:

 a_{max} = \dfrac{k}{mN}\cdot (y-Nl)- g

 a_{max} = \dfrac{k}{Nm}\cdot (Nl + \sqrt{\dfrac{2NmgH}{k}} - Nl) - g

a_{max} = \sqrt{\dfrac{2kgH}{Nm}} - g

Substituindo os valores numéricos:

a_{max} \approx (\sqrt{1176,5} - 10) \;\rm{m/s^2}

Para calcular essa raiz, vamos realizar uma aproximação binominal, ou seja, (1+ x)^n \approx 1 + nx para x \ll 1. Perceba que o quadrado perfeito mais próximo de 1176,5 é 1156 = 34^2. Sendo assim, podemos escrever a aceleração da seguinte forma:

a_{max} \approx (\sqrt{1156 + 20,5} - 10) \;\rm{m/s^2} = (\sqrt{34^2 + 20,5} - 10) \;\rm{m/s^2} = 34 (\sqrt{1+ \dfrac{20,5}{34^2}} - 10) \;\rm{m/s^2}

Agora, utilizando a aproximação binominal para x = \dfrac{20,5}{34^2}:

a_{max} \approx (34 + \dfrac{20,5}{2\times 34} - 10) \;\rm{m/s^2}

a_{max} \approx (34,3 - 10)\;\rm{m/s^2}

\boxed{a_{max} \approx 24,3 \; \rm{m/s^2}}

OBS: Perceba que a aproximação utilizada é válida, visto que  \dfrac{20,5}{34^2} \approx 0,018 \ll 1.

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Gabarito

 

(a) \boxed{N = 17}

(b) \boxed{V_{max} \approx 3,52 \; \rm{m/s}}

(c) \boxed{a_{max} \approx 24,3\; \rm{m/s^2}}

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Problema 04 *

Analise o sistema massa-mola na figura a seguir, em que uma bolinha de massa m=5\,\mathrm{kg} está conectada a uma barra de massa M=10\,\mathrm{kg} através de uma associação de molas. Elas possuem constantes elásticas k_1=6\,\mathrm{N/m}, k_2=1\,\mathrm{N/m} e k_3=2\,\mathrm{N/m}. Obtenha a frequência angular de oscilação do sistema se ele está livre para oscilar.

Solução

A massa reduzida do sistema é dada por

\mu=\dfrac{mM}{m+M}=\dfrac{5\cdot 10}{5+10}=\dfrac{10}{3}\,\mathrm{kg}

Enquanto a constante elástica equivalente é tal que

k_{eq}=k_1 + \dfrac{k_2 k_3}{k_2+k_3}=6+\dfrac{2}{3}=\dfrac{20}{3}\,\mathrm{N/m}

Assim, a frequência de oscilação é

\omega=\sqrt{\dfrac{k_{eq}}{\mu}}=\sqrt{2}=\boxed{1,4\,\mathrm{s^{-1}}}

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Gabarito

\omega=1,4\,\mathrm{s^{-1}}

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Problema 05 ***

(OBF) Em um laboratório de física, é usado um sistema massa-mola para determinar a velocidade com que um projétil é disparado. O sistema é constituído por um bloco de massa M = 5,00 kg que está apoiado em uma superfície horizontal de atrito desprezível e está preso a uma parede rígida vertical através de uma mola de constante elástica k = 4500 N/m. Para fazer a medida da velocidade v_0 de um projétil de massa m = 10,0 g, o mesmo é disparado contra o bloco, que está inicialmente em repouso, nas condições mostradas na figura. A parte do bloco que recebe o impacto é feita de um material deformável que aloja o projétil em seu interior. Considere que a mola se deforma apenas depois do projétil se alojar completamente no bloco (colisão projétil-bloco instantânea). Determine a velocidade v_0 do projétil, em m/s, no caso em que a medida da amplitude de oscilação do bloco após o impacto é de 2,50 cm.

Solução

O alojamento da bala no bloco configura uma colisão inelástica. Já que a mola se deforma apenas depois da colisão, o momento linear do sistema se conserva antes e logo após o choque. Sendo v a velocidade do conjunto depois, temos:

mv_0=\left(M+m\right)v,

v=\dfrac{m}{M+m}v_0.

A colisão inelástica dissipa energia. Após ela, não há trabalho de forças que ocasionem dissipações, portanto a energia mecânica se conserva. Veja que a amplitude do movimento oscilatório é precisamente a deformação máxima da mola, pois ocorre no momento em que o conjunto chega ao repouso instantâneo. Igualando à energia cinética inicial do conjunto à energia mecânica final (que é puramente potencial elástica):

\dfrac{\left(M+m\right)v^2}{2}=\dfrac{kA^2}{2},

\dfrac{m^2v_0^2}{M+m}=kA^2 \rightarrow

\rightarrow \boxed{v_0=A\sqrt{\dfrac{k\left(M+m\right)}{m^2}} \approx 375,4\, m/s}.

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Gabarito

\boxed{v_0 \approx 375,4\, m/s}.

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Problema 06 ***

(OBF) Um balão de festa preenchido com um gás de densidade 0,20\,\mathrm{kg/m^3}, tem volume
de 15\,\mathrm{litros} e está amarrado por um fio ideal, de comprimento L=80\,\mathrm{cm}, a uma superfície
horizontal (veja figura fora de escala). Quando o balão está vazio sua massa é de 3,0\,\mathrm{g}.

a) Considere que o balão está em repouso na posição de equilíbrio \theta=0. Determine a tração
no fio, em \mathrm{N}.

b) Considere que o balão é levemente deslocado da posição de equilíbrio e depois é abandonado a partir do repouso. Determine o intervalo de tempo, em \mathrm{s}, para atingir, pela primeira vez, a posição \theta=0. (Desconsidere eventuais forças dissipativas).

Solução

a) Como o balão estará em equilíbrio vertical, temos que a tração será a diferença entre o empuxo e o peso do balão cheio. Assim,

P = g(3\cdot10^{-3}+0,20\cdot15\cdot10^{-3}) = 6\cdot10^{-2} \, N = 0,06 \, N

E = \rho_{ar}gV = 1,20\cdot10\cdot15\cdot10^{-3} = 0,18 \,N

Assim,

T = 0,18 - 0,06 = \boxed{0,12 \, N}

b) Podemos fazer uma analogia com o pêndulo simples. Temos que mg_{efetiva} = E-P = 0,12 \Rightarrow g_{efetiva} = 20 \, m/s^2. Assim, como

T = 2\pi \sqrt{\dfrac{L}{g_{efetiva}}}

E queremos a primeira passagem pelo ponto de equilíbrio, o intervalo de tempo será \Delta t = \dfrac{T}{4}. Portanto,

\Delta t = \dfrac{\pi}{2}\sqrt{\dfrac{L}{g_{efetiva}}} = \boxed{0,31 \, s}

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Gabarito

a)

T = 0,12 \, N

b)

\Delta t = 0,31 \, s

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Problema 07 *

Considere uma massa m presa a duas molas horizontais de constante elástica k. Essas molas possuem comprimento natural desprezível e, quando em equilíbrio no sistema abaixo, possuem comprimento natural l_0. Desprezando efeitos gravitacionais, qual é o período de oscilação da massa m se a puxarmos levemente para cima?

Solução

Seja y o deslocamento vertical da massa m em relação ao equilíbrio. A força na direção de cada uma das molas é dada aproximadamente por F=kl_0, já que o deslocamento não vai afetar seu comprimento. A força projetada na direção na direção vertical é

F_y=F\dfrac{y}{l_0}=ky

Como possuímos duas molas, a força total na direção vertical será o dobro de F_y. A equação de movimento fica

m\ddot{y}=-2ky

\omega=\sqrt{\dfrac{2k}{m}}

T=\dfrac{2\pi}{\omega}=\boxed{\pi\sqrt{\dfrac{2m}{k}}}

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Gabarito

T=\pi\sqrt{\dfrac{2m}{k}}

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Problema 08 ***

(OBF) A figura abaixo mostra um sistema em equilíbrio estático. A haste homogênea AB de comprimento l= 80,0\,\mathrm{cm} e massa desprezível está presa à parede vertical por um pino em torno do qual poderia girar livremente. Na extremidade B da haste está presa uma pequena esfera de massa m=200\,\mathrm{g}. Fixada a essa esfera e ao ponto C do teto há um material elástico de constante elástica k = 2,50\,\mathrm{N/m} e que quando relaxado tem comprimento desprezível. Determine (a) o ângulo \theta=\theta_0 de equilíbrio e (b) o período de oscilação deste sistema se a posição angular \theta for levemente deslocada de \theta_0.

Solução

a) Primeiramente precisamos encontrar algumas propriedades geométricas da figura. Assim, como AB=AC o triângulo {\bigtriangleup}ABC é isósceles, logo, os ângulos da base são iguais e valem {\angle}ABC={\angle}ACB=90^{\circ}-{\theta}/2.

Definindo que BC=x, temos a seguinte relação do ângulo \theta com o lado x:

\sin\left(\dfrac{\theta}{2}\right)=\dfrac{x}{2l}

Dessa forma, podemos encontrar a posição de equilíbrio. Uma vez que apenas três forças atuam na massa - o peso (P), a força elástica (F_{ela}), e a tração (T) gerada pela barra - podemos usar o teorema das três forças na posição de equilíbrio. (Clique aqui para saber mais sobre o teorema das três forças)

Dessa forma, a seguinte relação pode ser escrita

\dfrac{P}{\sin{(90^{\circ}-{\theta_0}/2)}}=\dfrac{F_{ela}}{\sin{(90^{\circ}+{\theta_0})}}=\dfrac{T}{\sin{(180^{\circ}+{\theta_0}/2)}}

Portanto,

\dfrac{P}{\cos{({\theta_0}/2)}}=\dfrac{F_{ela}}{\cos{({\theta_0})}}

\dfrac{\cos(\theta_0)}{\cos({\theta_0}/2)}=\dfrac{F_{ela}}{P}

A força elástica é calculada por

F_{ela}=k(x-x_0)

Entretanto é dito no enunciado que o compirmento relaxada do elástico é desprezível x_0 \approx 0, então

F_{ela}=kx

\dfrac{\cos(\theta_0)}{\cos({\theta_0}/2)}=\dfrac{kx_{eq}}{mg}

Onde x_{eq} é o x na posição de equilíbrio.  Agora, perceba que m=0,2\,kg, g=10\,m/s^2 e k=2,5\,N/m, ou seja,

\dfrac{mg}{k}=0,8\,m

Logo, podemos substituir {mg}/{k} por l, uma vez que possuem o mesmo valor.

\dfrac{\cos(\theta_0)}{\cos({\theta_0}/2)}=\dfrac{x}{l}

Porém encontramos anteriormente que

\dfrac{x}{l}=2\sin\left(\dfrac{\theta_0}{2}\right)

Então

\dfrac{\cos(\theta_0)}{\cos({\theta_0}/2)}=2\sin\left(\dfrac{\theta_0}{2}\right)

\cos(\theta_0)=2\sin(\theta_0/2)\cos(\theta_0/2)

Conclui-se que

\cos(\theta_0)=\sin(\theta_0)

Por fim, temos então que:

\boxed{\theta_0=45^{\circ}}

b) Para encontrarmos o período de oscilação usaremos dois métodos: por força e por energia.

Solução 1: Abordagem por força

Primeiramente, vamos delocar levemente a esfera da posição de equilíbrio

\theta=\theta_0+\Delta\theta

De tal forma que

\Delta\theta\ll\theta_0

Então a força resultante na direção tangente à barra pode ser escrita como

P\cos(\theta)-F_{ela}\cos(\theta/2)=ml\alpha

Onde \alpha é a aceleração angular da barra

mg\cos(\theta)-kx\cos(\theta/2)=ml\alpha

Usando a seguinte relação, encontrada no item a),

x=2l\sin(\theta/2)

temos

mg\cos(\theta)-2kl\sin(\theta/2)\cos(\theta/2)=ml\alpha

Da trigonometria, sabe-se que

2\sin(\theta/2)\cos(\theta/2)=\sin(\theta)

mg\cos(\theta)-kl\sin(\theta)=ml\alpha

Logo, uma vez que encontramos anteriormente que o peso é numericamente igual à

mg=kl

Podemos reduzir a equação para

mg(\cos(\theta)-\sin(\theta))=ml\alpha

Portanto

\dfrac{g}{l}(\cos(\theta_0+\Delta\theta)-\sin(\theta_0+\Delta\theta))=\alpha

Expandindo as equaçãos trigonométricas achamos que

\cos(\theta_0+\Delta\theta)=\cos(\theta_0)\cos(\Delta\theta)-\sin(\theta_0)\sin(\Delta\theta)

\sin(\theta_0+\Delta\theta)=\sin(\theta_0)\cos(\Delta\theta)+\sin(\Delta\theta)\cos(\theta_0)

Como \Delta\theta\ll\theta_0, temos

\cos(\Delta\theta)\approx1

\sin(\Delta\theta)\approx\Delta\theta

Então

\cos(\theta_0+\Delta\theta)\approx\cos(\theta_0)-\Delta\theta\sin(\theta_0)

\sin(\theta_0+\Delta\theta)\approx\sin(\theta_0)+\Delta\theta\cos(\theta_0)

O valor de \theta_0=45^{\circ} foi encontrado no item a).

\cos(45^{\circ}+\Delta\theta)\approx\dfrac{\sqrt{2}}{2}-\Delta\theta\dfrac{\sqrt{2}}{2}

\sin(45^{\circ}+\Delta\theta)\approx\dfrac{\sqrt{2}}{2}+\Delta\theta\dfrac{\sqrt{2}}{2}

Portanto,

-\dfrac{g\sqrt{2}}{l}\Delta\theta=\alpha

Assim encontramos a equação de um movimento harmônico simples de período igual à

T=2\pi\sqrt{\dfrac{l}{g\sqrt{2}}}

Substituindo os valores

\boxed{T \approx 1,4\,s}

Solução 2: Abordagem por energia

Novamente, vamos deslocar levemente a esfera da posição de equilíbrio

\theta=\theta_0+\Delta\theta

De tal forma que

\Delta\theta\ll\theta_0

Escrevendo a energia mecânica e tomando como nível de referência o teto para a energia potencial gravitacional, encontramos

E=\dfrac{mv^2}{2}-mgl\sin(\theta)+\dfrac{kx^2}{2}

Como a barra limita o movimento da esfera, sua velocidade é perpendicular à barra e vale v=\omega{l}, onde \omega é a velociade angular da barra.

E=\dfrac{m\omega^2{l}^2}{2}-mgl\sin(\theta)+{2kl^2\sin^2(\theta/2)}

Da trigonometria,

2\sin^2(\theta/2)=1-cos(\theta)

Então

E=\dfrac{m\omega^2{l}^2}{2}-mgl\sin(\theta)+{kl^2(1-cos(\theta))}

E=\dfrac{m\omega^2{l}^2}{2}-mgl\sin(\theta_0+\Delta\theta)+{kl^2(1-cos(\theta_0+\Delta\theta))}

Expandindo as funções trigonométricas

\cos(\theta_0+\Delta\theta)=\cos(\theta_0)\cos(\Delta\theta)-\sin(\theta_0)\sin(\Delta\theta)

\sin(\theta_0+\Delta\theta)=\sin(\theta_0)\cos(\Delta\theta)+\sin(\Delta\theta)\cos(\theta_0))

Agora, utilizaremos as aproximações associadas ao ângulo \Delta \theta. Como \Delta\theta\ll\theta_0, temos:

\cos(\Delta\theta)\approx1-\dfrac{\Delta\theta^2}{2}

\sin(\Delta\theta)\approx \Delta \theta

Note que a aproximação do cosseno difere daquela utilizada na solução 1; ao utilizar energia, é preciso levar em conta também o termo de ordem quadrática (\Delta \theta ^2).

Prosseguindo, temos então:

\cos(\theta_0+\Delta\theta)\approx\cos(\theta_0)\left(1-\dfrac{\Delta\theta^2}{2}\right)

\sin(\theta_0+\Delta\theta)\approx\sin(\theta_0)\left(1-\dfrac{\Delta\theta^2}{2}\right)

Substituindo na equação da energia

E=\dfrac{m\omega^2{l}^2}{2}-mgl\sin(\theta_0)\left(1-\dfrac{\Delta\theta^2}{2}\right)+{kl^2\left(1-\cos(\theta_0)\left(1-\dfrac{\Delta\theta^2}{2}\right)\right)}

Podemos desprezar os fatores constantes. (Isso pode ser interpretado como uma mudança de referencial da energia potencial gravitacional, tal que anule as constantes e a nova energia vale E')

E'=\dfrac{m\omega^2{l}^2}{2}+\left(mgl\sin(\theta_0)+kl^2\cos(\theta_0)\right)\dfrac{\Delta\theta^2}{2}

Assim achamos uma equação de um MHS, análogo á um sistema massa-mola:

E=\dfrac{mv^2}{2}+\dfrac{kx^2}{2}  ,   T=2\pi\sqrt{\dfrac{m}{k}}

Por analogia o período será

T=2\pi\sqrt{\dfrac{ml}{mg\sin(\theta_0)+kl\cos(\theta_0)}}

\boxed{T \approx 1,4\,s}

OBS.: Perceba que o valor literal do período foi diferente nas duas soluções. Isso se deve ao fato de que, na solução 1, para facilitar as contas, usou-se inicialmente que o peso era numéricamente igual à kl. Dessa forma, encontramos uma fórmula com alguns valores já substituidos. Já na solução por energia usou-se uma abordagem um pouco mais geral. Ainda seria possível encontrar uma equação que não depende do ângulo \theta_0; ou seja, uma equação geral para quaisquer valores de g, m, k e l. Fica como exercício para o aluno mostrar então que:

T=\dfrac{2\pi}{\left(\left(\frac{l}{g}\right)^2+\left(\frac{m}{k}\right)^2\right)^{1/4}}

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Gabarito

a) \boxed{\theta_0=45^{\circ}}

b) \boxed{T \approx1,4\,s}

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Problema 09 *

(OBF) O Professor Physicson levou para a sala de aula duas pedrinhas de massas diferentes e cordinhas de comprimentos diferentes. Montando a experiência do pêndulo simples, com um ângulo de abertura pequeno, conforme ilustra a figura, fazendo-o oscilar entre dois supostos pontos M e N. A partir das várias configurações realizadas nos experimentos, os alunos acertadamente concluíram que:

OBFP8

a) Quanto maior for o comprimento do fio, independente das pedrinhas, maior será o período de
oscilação do pêndulo simples

b) Quanto maior for a massa da pedrinha menor será o período de oscilação do pêndulo simples

c) O período de oscilação do pêndulo simples depende da altura em que ele foi abandonado, ou seja,
quanto mais alto, maior será seu período

d) O período de oscilação do pêndulo simples não será alterado se alterarmos proporcionalmente a massa
da pedrinha e o comprimento da cordinha

e) Quanto maior for a massa da pedrinha maior será o período de oscilação do pêndulo simples

Solução

É conhecido que o período de pequenas oscilações de um pêndulo simples vale:

T=2\pi \sqrt{\frac{l}{g}}

Portanto apenas depende do comprimento do fio e da gravidade local, em boa aproximação não dependendo de variáveis como massa do objeto oscilando ou ângulo de abertura da oscilação, o que leva o item A a ser o correto. Vale notar que pode ser deduzido por análise dimensional que a única combinação das variáveis m,l e g que dá dimensão de tempo é \sqrt{\frac{l}{g}}, portanto a única variável na qual o período poderia depender seria o comprimento do oscilador, gravidade e ângulo de abertura da oscilação, que, experimental, não tem efeito algum para pequenas oscilações.

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Gabarito

Letra a)

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Problema 10 *

Considere o tubo em U da figura a seguir, dentro do qual foram colocados V=10\,\mathrm{cm^3} de água. Se o tubo possui área de secção reta A=20\,\mathrm{cm^3} constante, encontre o período de pequenas oscilações em torno da posição de equilíbrio. Tome g=10\,\mathrm{m/s^2} e \pi=3.

Solução

Quando o volume de água é deslocado uma distância z do equilíbrio, tem-se um excesso de massa igual a 2\rho Az em um dos lados que empurra o sistema de volta para a posição de equilíbrio.  Multiplicando por g, obtemos a força restauradora, que age sobre toda a massa de água dentro do tubo, \rho V. Assim, a equação de movimento fica

2\rho gzA=-\rho V\ddot{z}

\ddot{z}+\left(\dfrac{2Ag}{V}\right)z=0

Comparando com a equação de um MHS, obtemos

\omega=\sqrt{\dfrac{2Ag}{V}}

T=\dfrac{2\pi}{\omega}=2\pi\sqrt{\dfrac{V}{2Ag}}=\boxed{0,3\,\mathrm{s}}

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Gabarito

T=0,3\,\mathrm{s}

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Problema 11 **

Uma massa m foi pendurada ao teto por meio de uma mola de constante elástica k e comprimento natural l_0. Obtenha a equação horária y(t) do movimento da massa. Considere que y é medido a partir do teto e, em t=0, o bloco é solto a partir do repouso com y=l_0.

Solução

Pela 2ª lei de Newton, a equação de movimento da massa é

m\ddot{y}=mg-k(y-l_0)=mg+kl_0-ky

Definamos y_0=\dfrac{mg}{k}+l_0 e façamos y'=y-y_0. Dessa forma, \ddot{y}=\ddot{y'} e y=y'+\dfrac{mg}{k}+l_0. Substituindo na equação de movimento:

\ddot{y'}=-\dfrac{k}{m}y

Assim chegamos na equação de um MHS:

y'(t)=A\cos{(\omega t+\phi)}

Onde \omega=\sqrt{k/m} é a frequência de oscilação. Pela definição de y',

y(t)=y'(t)+y_0=A\cos{(\omega t+\phi)}+\dfrac{mg}{k}+l_0

Pela condição da posição inicial:

l_0=A\cos{\phi}+\dfrac{mg}{k}+l_0

A\cos{\phi}=-\dfrac{mg}{k}

Pela condição da velocidade inicial:

v_0=-A\sin{\phi}=0

\phi=0 ou \phi=\pi

Pela condição da posição inicial, vemos que \phi=\pi. Assim,

A=\dfrac{mg}{k}

Como resposta final,

\boxed{y(t)=\dfrac{mg}{k}\left(1-\cos{\left(\sqrt{\dfrac{k}{m}}t\right)}\right)+l_0}

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Gabarito

y(t)=\dfrac{mg}{k}\left(1-\cos{\left(\sqrt{\dfrac{k}{m}}t\right)}\right)+l_0

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Problema 12 **

(OBF) Um bloco de massa M está preso a uma mola de constante elástica k = 60\,N/m e executa um movimento harmônico simples (MHS) vertical. A figura ao lado mostra o instante em que centro de massa do bloco está na altura máxima. Ao se mover, observa-se que o centro de massa do bloco passa pelo ponto A, com rapidez máxima, 4 vezes a cada segundo.

Determine:

(a) A massa M, em kg.

(b) A altura h, em cm.

Solução

(a) O sistema em questão é um oscilador massa-mola simples. Já que a gravidade, por ser uma força constante, não altera o período do movimento, este possui o mesmo valor para o caso horizontal. Isto é:

T=2\pi\sqrt{\dfrac{M}{k}}

Elevando ao quadrado em ambos os lados, a massa em função do período e da constante elástica será então:

M=\dfrac{kT^2}{4\pi^2}

O enunciado informa que o bloco passa pela posição A com máxima velocidade, o que significa que A é a posição de equilíbrio. Conforme a questão, a massa passa 4 vezes por segundo por A, ou de forma equivalente 1 vez a cada 0,25\,s; do MHS, sabemos que o bloco passa pela posição de equilíbrio 1 vez a cada intervalo de meio período. Daí, inferimos que o período do sistema é T=2 \cdot 0,25\,s=0,5\,s. Substituindo os valores numéricos:

M=\dfrac{60 \times 0,5^2}{4 \times 3^2} \, kg \therefore

\therefore \boxed{M \approx 0,42 \,kg}

(b) No ponto de equilíbrio A, - como o nome já diz - a força resultante no móvel é nula. Sendo \Delta x a elongação da mola ao passar por esse ponto, temos então:

k\Delta x = Mg

\Delta x \approx 7,0 \, cm

Você pode estar tentado a dizer que \Delta x=h; de fato, nós da equipe NOIC acreditamos que esse era o raciocínio esperado pela prova. No entanto, tal afirmação é incorreta: com as informações dadas pela questão, é impossível determinar a altura h, que corresponde à amplitude do MHS (distância entre os pontos de máxima/mínima elongação e o ponto de equilíbrio). Isso ocorre porque a amplitude (assim como uma possível fase inicial, a título de curiosidade) é uma grandeza obtida a partir das condições do problema, e não de uma análise física como é o caso do período. Isto é, para determinarmos a amplitude, precisamos conhecer a posição e a velocidade da partícula em um instante dado. Note que, para \Delta x=h, estaríamos lidando com o caso em que a mola está relaxada no momento mostrado na figura. Já que essa informação não foi dada pelo enunciado, não é razoável esperar que o aluno faça tamanha suposição apenas para chegar em uma resposta final, e por isso nós do NOIC acreditamos que a saída mais justa para este item é a anulação.

OBS: Vimos que, para que o item tivesse solução, o enunciado deveria ter informado que a mola estava relaxada na posição da figura. Alternativamente, no entanto, poderia ter sido dado o valor da velocidade  v_{max} do bloco no ponto A, a qual deveria ser de g\sqrt{M/k} na situação em questão. Utilizando-se a relação v_{max}=\omega A=\omega h, acharíamos uma amplitude idêntica à deformação da mola achada pelo balanço de forças.

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Gabarito

(a) \boxed{M \approx 0,42 \,kg}

(b) Não é possível obter-se uma resposta (Ver solução)

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Problema 13 **

Um bloco de massa M, capaz de deslizar com atrito desprezível sobre o chão, está preso a uma parede por uma mola de massa desprezível e constante elástica k, inicialmente relaxada. Uma bolinha de massa m, lançada com velocidade horizontal v_0, atinge-o no instante t = 0 e fica grudada nele. Ache a expressão x(t) de deslocamento do sistema.

Solução

Por conservação de momento linear:

mv_0=(m+M)v

v=\dfrac{m}{m+M}v_0

O sistema executará um MHS com frequência \omega=\sqrt{k/(m+M)} e equação geral x(t)=A\cos{(\omega t+\phi)}. Pelas condições iniciais:

y(0)=A\cos{\phi}=0

\phi=\dfrac{\pi}{2} ou \dfrac{3\pi}{2}

Quanto à velocidade inicial,

v(0)=A\omega\sin{\phi}=\dfrac{m}{m+M}v_0

Assim, concluímos que \phi=\pi/2 e

A=\dfrac{mv_0}{\sqrt{k(m+M)}}

De forma que

\boxed{x(t)=\dfrac{mv_0}{\sqrt{k(m+M)}}\sin{\left(\sqrt{\dfrac{k}{m+M}}t\right)}}

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Gabarito

x(t)=\dfrac{mv_0}{\sqrt{k(m+M)}}\sin{\left(\sqrt{\dfrac{k}{m+M}}t\right)}

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Problema 14 ***

(OBF) A força necessária para comprimir ou distender uma mola com constante de rigidez elástica k é dada por F = -kx. Esta é a lei de Hooke. O trabalho realizado pela força aplicada a mola para promover uma deformação x na mesma é dada por W = \frac{1}{2}kx^{2}. A mola da figura 9 é comprimida em \Delta x . Ela lança o bloco com velocidade V_{0} ao longo de uma superfície livre de atrito. As duas molas da figura 9b são idênticas à mola da figura 9a. Elas são comprimidas no mesmo valor \Delta x e são usadas para lançar o mesmo bloco.

obf 2

a) Determine a constante de elasticidade k^{'} da mola equivalente ao conjunto de molas

b) Qual será, agora, o módulo da velocidade do bloco, para a configuração b)?

Solução

a) Como as molas estão associadas em paralelo, podemos substituí-la por uma mola equivalente, de tal forma que sua constante k^{'} seria:

k^{'}\Delta x = 2k\Delta x

k^{'} = 2k

b) Conservando a energia do sistema:

\frac{1}{2}mV^{2} = \frac{1}{2}k^{'}(\Delta x)^{2}

\frac{1}{2}mV^{2} = \frac{1}{2}2k(\Delta x)^{2}

Por outro lado:

\frac{1}{2}mV_{0}^{2} = \frac{1}{2}k(\Delta x)^{2}

Daí:

V^{2} = 2V_{0}^{2}

V = \sqrt{2} V_{0}

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Gabarito

a) k^{'} = 2k

b) V = \sqrt{2} V_{0}

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Problema 15 *

(OBF) O físico inglês Robert Hooke (1635-1703) foi um brilhante cientista que juntamente com outros, a exemplo de Newton (com quem tinha severas desavenças), Leibniz e Huygens, protagonizou a Revolução Científica no séc. XVII. Em 1660, durante uma experiência, observou o comportamento mecânico de uma mola, descobrindo que as deformações elásticas obedecem a uma lei muito simples. Hooke descobriu que quanto maior fosse o peso de um corpo suspenso a uma das extremidades de uma mola (cuja outra extremidade era presa a um suporte fixo) maior era a sua deformação. Assim, considere que um bloco de massa 200,0 g, preso a um suporte fixo por um fio de massa desprezível e apoiado sobre uma mola, sem pressioná-la, seja solto, deformando-a suavemente até o limite máximo de 10,0 cm, conforme a figura. Podemos acertadamente concluir que a constante elástica da mola, em \frac{N}{m}, vale:

OBFP4

a) 20,0

b) 40,0

c) 30,0

d) 80,0

e) 16,0

Solução

 A energia de uma mola vale:

E=\frac{kx^{2}}{2}

Onde x é a deformação da mola de seu comprimento de repouso, em que ela não está sob ação de forças externas. Portanto, como o corpo em repouso de massa m=200g=0,200 kg está inicialmente em repouso e depois é solto até que a mola chega em seu limite, e como o corpo foi do repouso para o repouso de novo, toda energia ganha pela gravidade virou potencial elástica, portanto:

E=mgx=\frac{kx^{2}}{2}

k=\frac{2mg}{\Delta x}=\frac{2*0,2 * 10}{0,1 m}=40 \frac{N}{m}

Portanto, o item correto é o item B

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Gabarito

Item B

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