Escrito por Vitor Takashi
Alguns problemas para você praticar a teoria estudada. O grau de dificuldade dos problemas está indicado com asteriscos (*). Problemas com 1 asterisco é o equivalente a um problema de primeira fase de OBF, 2 asteriscos (**) um de segunda fase, e 3 asteriscos (***) um de terceira fase.
Problema 01*
(Tópicos de Física) A figura representa uma onda transversal periódica que se propaga nas cordas AB e BC com as velocidades e , de módulos respectivamente iguais a e .
Nessas condições, o comprimento de onda na corda BC, em metros, é:
Pela relação fundamental da ondulatória:
Assim, temos que :
Como a frequência não se altera, temos que
Logo,
Problema 02**
(UFRGS) Uma corda é composta de dois segmentos de densidades de massa bem distintas. Um pulso é criado no segmento de menor densidade e se propaga em direção à junção entre os segmentos, conforme representa a figura abaixo.
Esboce o pulso refletido e refratado quando o pulso refletido passa por x(Não se esqueça de indicar o sentido da velocidade).
Pela relação de Taylor (vista na Aula 3.1) . Pelo enunciado, . Então:
Pelas equações vistas pela teoria:
e
Onde representa a amplitude da onda refletida, a amplitude da onda incidente e a amplitude da onda refratada(ou transmitida).
Como . Portanto, temos que tem sinal oposto a e é menor que . Assim como . Logo, o esboço ficaria algo como
Problema 03*
A velocidade do som é . Uma onda sonora específica tem uma frequência de .
a) Qual é o comprimento de onda desse som no ar?
b) Agora, o som é refratado na água, onde a velocidade do som é qual será a nova frequência?
c) Qual será o novo comprimento de onda?
a)Pela relação fundamental da ondulatória:
c)Novamente, a frequência permanece a mesma :
c)Sendo, =:
a)
b)
c)
Problema 04*
(Tópicos de Física) Na situação esquematizada na figura, ondas retas, propagando-se na superfície da água de um tanque, passam de uma região profunda (1) para outra mais rasa (2). Com isso, o comprimento de onda e a velocidade de propagação sofrem reduções de (p1 por cento) e (p2 por cento), respectivamente.
Aponte a alternativa em que os valores de e estão corretamente indicados. Adote, se necessário, .
Pela Lei de Snell, temos que:
Onde é o ângulo entre o raio da onda incidente e a normal e é o ângulo entre o raio da onda refratada e a normal. É possível ver que esse ângulo é igual ao ângulo entre a frente de onda e a superfície refratora(que é o ângulo dado). Logo,
Logo,
Como a frequência não muda:
Portanto,
Problema 05**
A velocidade de propagação de uma tsunami em alto mar pode ser calculada com a expressão , onde é a aceleração da gravidade e a profundidade local.
Para calcular a profundidade foi utilizado um sonar muito preciso nas regiões rasa e funda, obtendo os tempos e , respectuvamente. Além disso, sabe-se que e . Calcule o valor de e
Velocidade do som na água:
Calculando as profundidades:
O fator de 2 aparece pois é incluido o tempo de ida e volta da onda emitida pelo sonar.
Logo, os valores das profundidades são:
e
Como a frequência não muda:
Pela lei de Snell
Problema 06**
O seguinte pulso retangular em uma corda é refratado em uma corda de densidade linear 4 vezes maior. Esboce o sitema após:
a) do puslo ser refratado;
b) do pulso ser refratado;
c) do pulso ser refratado;
d) O pulso ser inteiramente refratado.
Considere que a tração é a mesma em todos os pontos da corda.
O trecho refletido do pulso será representado em vermelho; o trecho incidente do pulso será representado em azul; o trecho refratado do pulso será representado em roxo, e o pulso resultante será representado em preto.
Pelas equações vistas pela teoria:
e
Substituindo a velocidade pela relação de Taylor (vista na Aula 3.1)
Logo, a amplitude da onda refletida sofre inversão de fase e vale da amplitude incidente. Já a amplitude da onda refratada não muda de fase e vale da amplitude incidente
a)
b)
c)
d)
Ver a solução
Problema 07***
Um pulso é criado em uma corda com o formato de tronco de cone (raio menor , raio maior e altura ). Além disso, a densidade volumétrica da corda não é uniforme e, portanto, sua amplitude do pulso permanece constante. Como a densidade deve variar com a distância entre o início da corda e algum determinado ponto no eixo de simetria do cone para que isso aconteça?
Considere que a densidade no início da corda é
Sendo a amplitude da onda refratada(ou transmitida) dada por:
Pela relação de Taylor (vista na Aula 3.1) onde representa a densidade linear e , a tração
Logo, a amplitude da onda refratada torna-se:
A densidade volumétrica é dada por . Portanto,
Como onde d é o raio de um disco do cone em uma distância x. Para encontrar d em função de x, pode-se criar o seguinte triângulo:
Por semelhança de triângulos
Novamente,por semelhança de triângulos
Logo,substituindo na em
Problema 08**
Uma fonte de ondas produz um pulso no instante . A onda então, se propaga em uma corda como demonstra a figura:
Sabendo que o pulso atinge o receptor no instante e que o comprimento de onda que se propaga na corda 1 é e na corda 2, . Qual seria o tempo se a corda fosse feita apenas pelo material da corda 2?
Como o comprimento das duas corda é L. Temos que:
Como a frequência é a mesma
Substituindo,
Caso a corda fosse feita apenas pelo material da corda 2, o tempo seria:
Problema 09**
Uma fonte produz ondas planas na superfície de um líquido com frequência . Sabendo que o comprimento de onda vale qual será o comprimento de onda, a frequência e a velocidade da onda após a refração?
A frequência não se altera. Logo, a frequência após a refração é
Entretanto, o comprimento de onda se altera. Pela lei de Snell:
Pela relação fundamental da ondulatória
Problema 10***
Considerando um experimento semelhante ao problema 8(entretanto, desconsidere os valores do mesmo). Otávio quer obter o mesmo tempo de propagação do pulso, entretanto, ele quer que a corda seja feita de apenas um material e tenha o mesmo comprimento . Para fazer isso, Otávio, de maneira errada, considera que ele deve comprar uma corda de densidade linear . Existe alguma razão em que o resultado dá certo?
Considere que em ambos os casos a tração é a mesma.
Pela relação de Taylor (vista na Aula 3.1): onde representa a densidade linear e , a tração
e
Como Otávio considerou que
Substituindo os tempos,
Substituindo as velocidades e rearranjando,
Criando uma variavel
Resolvendo pra k:
Calculando determinante:
Logo, infelizmente, Otavio não vai estar certo em nenhum caso
Não há casos em que Otávio estará certo
Problema 11*
Uma onda plana se propaga em um meio I com velocidade e comprimento de onda refrata para o meio II com velocidade . Qual é seu comprimento de onda no meio II?
Como a frequência não se altera na refração:
Portanto,
Problema 12***
Eloisa usa uma fonte para criar ondas planas que são refratadas diversas vezes como demonstrado na figura
De modo que os meios I e II mudam de maneira alternada. Sabendo que a razão dos comprimentos de onda nos meios I e II é 3. Determine a razão entre a energia da onda refratada e a onda incidente após a n-ésima refração.
Dica:A energia da onda é proporcional ao quadrado da amplitude
Desconsidere reflexões internas
Sabendo que a frequência é constante durante a refração
Vimos que a amplitude da onda refratada(ou transmitida) dada por:
Onde é a amplitude da onda refratada, é a velocidade no meio incidente, é a velocidade no meio refratado e é a amplitude da onda incidente
Logo, a refração do meio I para o meio II é dada por:
Entretanto, a refração do meio II para o meio I é dada por
É importante ressaltar que não é constante, já que a onda incidente no primeiro meio não é a mesma onda incidente no segundo meio. O correto é considerar a onda refratada como sendo a "nova onda incidente"
Logo, considerando que a onda inicial tem amplitude . Temos que a amplitude da onda após a primeira refração(meio I para meio II) é dada por e após a segunda refração(meio II para meio I) .
É possível perceber que esse processo se repete indefinidamente, já que como foi dito no enunciado, os meios I e II mudam de maneira alternada. Logo, a cada 2 refrações consecutivas a amplitude torna-se da amplitude inicial. Portanto, é possível perceber que caso a quantidade de refrações seja par(ou seja, termine em uma refração do meio II para o meio I), a amplitude torna-se
E caso a quantidade de refrações seja ímpar(ou seja, termine em uma refração do meio I para o meio II),
Como a energia da onda é proporcional ao quadrado da amplitude. Temos que a energia inicial é dada por , onde k é uma constante de proporcionalidade e a energia após a n-ésima refração é dada por .
Logo, a razão entre as energias é:
Portanto, se n for par:
Se n for ímpar
se n for par:
se n for ímpar:
Problema 13**
Duas cordas de densidade linear e são postos para oscilar da seguinte forma:
Determine a razão entre e .
Pela relação de Taylor (vista na Aula 3.1): onde representa a densidade linear e , a tração.A tração.
Logo, na corda 1:
Na corda 2:
O comprimento de onda na corda 1 é . Já na corda 2, é
Como a frequência é a mesma:
Substituindo e :
Substituindo os comprimentos de onda:
Problema 14**
João constroi o seguinte setup:
Ele mede o comprimento de ondas na corda mais leve é . Além disso, João também mede o tempo que um pulso demora para percorrer as cordas e obtêm um tempo .
Ele não consegue medir o comprimento de onda na corda mais pesada, pois a amplitude e o comprimento são muito pequenos.
Por isso, ele constrói um setup semelhante; entretanto, o novo setup contém apenas a corda mais leve:
João realiza o mesmo procedimento, obtendo um tempo
Qual é o comprimento de onda na corda mais pesada?
Pela cinemática do problema
Pela lei de Snell:
Pela relação de Taylor (vista na Aula 3.1): onde representa a densidade linear e , a tração.A tração, nesse caso é
Substituindo a velocidade:
Pela relação de Taylor:
Portanto, rearranjando os termos:
Realizando o mesmo procedimento para o segundo caso:
Rearranjando,
Substituindo
Colocando os valores numéricos:
Pela Lei de Snell:
Problema 15*
Uma fonte de ondas gera o seguinte:
Sabendo que o comprimento de onda no meio 2 é . Qual é o comprimento de onda no meio 1?
Pela lei de Snell:
Obs:o ângulo são dados por e , já que os ângulos da fórmula são os ângulos que as frentes de onda fazem com a própria superfície refratora