Resoluções Comentadas OBR2024

Feito por Gustavo Carvalho.

Essa resolução comentada foi produzida pelos colaboradores do NOIC em completo sigilo e seguindo a conduta de ética durante o período de aplicação da primeira fase da OBR 2024. Não leve o gabarito como o oficial, sendo apenas uma maneira de comparação e aprendizado durante os estudos. Desejamos bons estudos e boa sorte na seleção para a segunda fase a todos!

Questão 1

Ano novo, horizonte novo. O ano de 2024 começou marcado pela CES Las Vegas, principal evento de tecnologia B2C do mundo, que chegou com tudo numa onda de novidades em IA para o consumidor final. De assistentes virtuais de bolso, como o R1 DA Rabbit, passando por tradutores simultâneos, como o Timekettle WT2 Edge, até robôs que cuidam sozinhos de jardins e piscinas e já são ofertados por uma série de marcas. Todos esses equipamentos têm um ingrediente em comum e especial: a inteligência artificial (IA). E tudo isso foi só um gostinho do que podemos esperar para 2024.

O ano de 2023 foi o primeiro de uma nova geração de IA, a IA generativa (GenIA). Foi um ano marcado por descobertas, estudos, labs e pilotos utilizando esse novo ingrediente. Levando em conta que um ciclo médio de softwares relevantes leva em torno de 9 a 11 meses para sair do forno e ser lançado, enquanto hardwares têm um ciclo ainda maior, de 1 a 2 anos, será em 2024 que devemos conhecer a primeira fornada de softwares e hardwares de destaque que usufruirão das capacidades fantásticas da nova onda de GenIA, em diversos setores e para diversas "dores" de negócio e do consumidor final.

Empresas como Boston Dynamics (com seus robôs "Atlas" e "Spot") e a Tesla (com seu robô "Optimus") vêm chamando a atenção nos últimos dois anos. Acontece que a área de visão computacional, muito importante para a robótica, deu um salto de precisão, facilidade e custo no ano passado. Tarefas como o reconhecimento de objetos - saber dizer qual objeto é ou diferenciar objetos entre si - estão muito mais sofisticadas, baratas para treinar e abertas para qualquer empresa acessar.

O mesmo salto se deu em relação a recursos de visão espacial e treinamento de IA com uso de dados sintéticos que simulam movimentos, cenas e objetos da vida real e muitos outros recursos.

Devemos esperar uma explosão de lançamentos na indústria de B2B e B2C Intelligent Devices. Só em janeiro deste ano, já tivemos Microsoft e OpenAI anunciando que investirão US$100 milhões em startups de robôs humanoides na Figure AI. Na NRF (National Retail Federation’s "Big Show"), principal feira internacional do varejo, uma série de robôs já foram demonstrados para melhorar a gestão de gôndolas, o apoio na logística de armazéns e para interagir com o consumidor de lojas em diferentes tipos de serviços.

Se fosse fazer uma aposta, eu diria que o próximo grande choque de transformação de IA, depois da que tivemos na virada de 2022 para 2023 com o GPT, será em robótica. E ela está muito próxima de acontecer.

Alternativas

a) O GPT trouxe uma inovação aplicada para a robótica na virada de 2022 para 2023 inacreditável

b) A área de visão computacional, capaz de impulsionar a robótica, ainda está em fase de desenvolvimento, precisando de muitos ajustes para que possa ser aplicada.

c) O uso de Inteligência Artificial em robótica depende da aplicação de visão computacional, visão espacial e treinamento de IA, e por isso ainda não é possível apresentar nenhum robô
que tenha essa integração.

d) Já existem robôs que mostram a aplicação de IA na robótica, sendo eles capazes de realizar diversas atividades aplicadas à indústria, ao comércio e ao turismo.

e) A integração da IA com a robótica depende da necessidade de aplicação. Por exemplo, o robô que interage com consumidores em lojas precisa dessa integração, enquanto que o robô que melhora a gestão de gôndolas não precisa.

Assunto abordado

IA, Visão computacional nos dias atuais

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Solução

A resposta correta é a letra d), pois, de acordo com o texto, já existem robôs que mostram a aplicação da Inteligência Artificial (IA) na robótica e que são capazes de realizar diversas atividades em diferentes setores, como indústria, comércio e turismo.

O texto menciona que a CES Las Vegas, um dos principais eventos de tecnologia, trouxe uma série de novidades em IA, incluindo robôs que cuidam sozinhos de jardins e piscinas. Além disso, o texto destaca empresas como a Boston Dynamics e a Tesla, que já têm robôs em funcionamento, como o "Atlas", "Spot" e o "Optimus", indicando que a IA está sendo aplicada na robótica para realizar tarefas complexas. Também é mencionado que, na feira NRF, diversos robôs foram demonstrados para melhorar a gestão de gôndolas, apoiar a logística de armazéns e interagir com consumidores em lojas, demonstrando aplicações reais e funcionais da IA na robótica.

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Gabarito

Já existem robôs que mostram a aplicação de IA na robótica, sendo eles capazes de realizar diversas atividades aplicadas à indústria, ao comércio e ao turismo.

Item d)

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Questão 2

Observe as frases destacadas no texto, e julgue as preposições:
I- O verbo COMEÇOU está no pretérito mais-que-perfeito.
II- O verbo USUFRUIRÃO está no futuro do presente.
III- O verbo VÊM está no presente do indicativo.
IV- O verbo INVESTIRÃO está no futuro do pretérito.
V- O verbo FOSSE está no pretérito imperfeito.

Estão corretas:

Alternativas

a) II, IV, V
b) I, II, V
c) I, III, IV
d) III, IV, V
e) IV, V

Assunto abordado

Tempos Verbais

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Gabarito

A economia comportamental modela o comportamento humano como perfeitamente racional.

Item a) Embora a equipe NOIC tenha respondido, após uma análise concluímos que, em nossa visão, a alternativa III está correta, pois apresenta o verbo no tempo presente do indicativo conforme esperado.

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Texto para questão 3, 4 e 5.

 

The Mechanical Muse: Robots in Science Fiction. Robots have been a mainstay element in science fiction for more than a hundred years. In
fact, the term ‘robot’ was coined in the 1920 play R.U.R. (Rossum’s Universal Robots) by Karel Čapek, a Czech writer. The word ‘robot’ finds its origin in the Czech phrase ‘robota’, which refers to forced labor or servitude. In this way, even the origin of the word ‘robot’ speaks to their role in science fiction. Throughout the science fiction genre, robots are controlled by their human creators. Robots are built and programmed to fulfill certain roles or tasks. Their origin in the genre is closely linked to the Industrial Revolution, which saw a shift from human labor to machine manufacturing. How robotic technology could backfire on humans is a major theme in the genre. From the first novel to introduce the concept of robots (without ever using the word ‘robot’) to more modern offerings, robots have been an entertainment staple for decades. However, when it comes down to these complex creations, does art imitate life? Is there a real reason for concern, or is it purely science fiction? To answer this question, you need to understand the origin of robots in science fiction and how this concept of robotic beings has developed alongside technology.

Though the word ‘robot’ does not appear at all in the novel, Samuel Butler’s ‘Erewhon’, published anonymously in 1872, is considered one of the first texts concerned with the rise of artificial intelligence. While the word ‘robot’ would not be coined for another 48 years, the word
‘machines’ is used instead. This speaks to Butler’s inspiration in writing his novel. In ‘Erewhon’, there are three chapters known as ‘The Book of the Machines’, which deals with notions of artificial consciousness and machines that could self-replicate themselves. In fact, Butler was of the opinion that machines were already able to replicate themselves, but more importantly, it was humans who programmed them to do so.
These three aforementioned chapters draw on earlier ideas of Butler, presented in an article titled ‘Darwin Among the Machines’, which was published nine years before ‘Erewhon’. As the title of Butler’s article suggests, Charles Darwin’s ‘On the Origin of Species’ published in
1859, was a major source of inspiration to Butler. These ideas were further a response to the Industrial Revolution, which saw the rise of machines in the manufacturing industry.

These machines in the Industrial Revolution replaced workers who used to manually perform the required labor. The idea of machines replacing humans, becoming conscious, or even taking control over their creators, has long been a concern in science fiction that features robots. These science fiction narratives have developed in complexity as technology has developed rapidly since the release of ‘Erewhon’ more than a hundred years ago.
According to the text, we can affirm that:

Questão 3

Alternativas

a) Robots are not always created to serve humans in science fiction, but sometimes they create the humans.

b)In science fiction robots are usually controlled by humans, and always revolt against humans.

c) In the chapter “The Book of the Machines”, Butler brings the possibility of humans replicating robots.

d) Butler worked with the idea of evolution in machines, basing himself closely on the work of Charles Darwin

e) In the Industrial Revolution, the concept of workers being replaced by machines is addressed, a concept widely dealt with in science fiction.

Assunto abordado

Robótica Ficcional e Inglês

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Solução

A resolução se baseia na análise do conteúdo do texto. A opção e reflete corretamente o que é discutido ao longo do texto sobre a Revolução Industrial. O texto menciona que a substituição de trabalhadores por máquinas durante a Revolução Industrial é um tema que foi amplamente abordado na ficção científica, especialmente nas obras que exploram o conceito de robôs e inteligência artificial. Esse tema é central para a narrativa de como a tecnologia pode se voltar contra seus criadores ou substituir funções humanas, algo que é recorrente nas histórias de ficção científica sobre robôs.

As outras opções não são corretas porque elas distorcem ou exageram os pontos mencionados no texto. Por exemplo, a opção a sugere que os robôs criam humanos, o que não é discutido no texto. A opção b afirma que os robôs sempre se revoltam contra os humanos, o que não é uma generalização feita pelo autor. A opção c interpreta mal a ideia de que as máquinas podem se replicar sozinhas, sem mencionar que Butler está discutindo isso dentro do contexto das máquinas, não de humanos replicando robôs. A opção d menciona a evolução das máquinas com base no trabalho de Darwin, o que é correto, mas não é o foco central do texto.

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Gabarito

In the Industrial Revolution, the concept of workers being replaced by machines is addressed, a concept widely dealt with in science fiction.

Item e)

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Questão 4

Samuel Butler didn’t use the word robot in its work, using instead the word machine. Why did the author refer to the word machine?

Alternativas

a) Because his work was based on machines working in factories.

b) Because he thought that robots are always submissive to humans.

c) Because he based his understanding of robots on the events that occurred during the Industrial Revolution.

d) Because robots are only machines programmed by humans, not being able to think by themselves.

e) Because of the characteristics of electronic equipment that he imagined for these robots.

Assunto abordado

Análise de texto em inglês.

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Solução

Para entender por que a letra c é a resposta correta, precisamos analisar como o texto discute a origem e o desenvolvimento dos conceitos relacionados a robôs na ficção científica. O texto menciona que o conceito de robôs e máquinas inteligentes tem raízes na Revolução Industrial, um período em que máquinas começaram a substituir o trabalho humano nas fábricas. Esse evento histórico influenciou a forma como escritores e pensadores, como Samuel Butler, começaram a imaginar o futuro das máquinas.

Butler, em sua obra "Erewhon" e no artigo "Darwin Among the Machines", refletiu sobre como as máquinas poderiam evoluir e ganhar mais autonomia, um pensamento inspirado diretamente pelas mudanças tecnológicas da Revolução Industrial. Ele usou essa época como um ponto de referência para explorar a ideia de máquinas que poderiam, eventualmente, se tornar independentes ou até superar os humanos.

Portanto, a letra c é correta porque Butler baseou sua compreensão e seus conceitos sobre robôs nos eventos da Revolução Industrial, que foi um período crucial para o desenvolvimento de máquinas e tecnologia. Essa época serviu como pano de fundo para suas ideias sobre como a tecnologia poderia evoluir e, possivelmente, desafiar a humanidade no futuro.

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Gabarito

Because he based his understanding of robots on the events that occurred during the Industrial Revolution.

Item c)

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Questão 5

In this sentence, which of the following words can replace BACKFIRE while maintaining the same meaning?

Alternativas

a) revolt

b) aid

c) help

d) backstart

e) backup

Assunto abordado

Vocabulário em inglês.

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Solução

A palavra "backfire" significa, no contexto de um plano ou ação, que algo dá errado ou tem o efeito oposto ao pretendido, causando danos ou problemas para quem o iniciou. Em outras palavras, é quando uma ação ou intenção se volta contra quem a realizou.

No contexto da frase em questão: "How robotic technology could backfire on humans is a major theme in the genre," a palavra "backfire" está sendo usada para descrever a possibilidade de a tecnologia robótica causar problemas ou se voltar contra os humanos, em vez de ajudá-los.

A palavra "revolt" (revoltar-se) é a mais próxima em significado nesse contexto, pois implica que algo ou alguém se volta contra seus criadores ou controladores, o que se alinha com a ideia de "backfire".

As outras opções não têm o mesmo sentido:

  • b) aid e c) help significam ajudar, o que é o oposto de "backfire".
  • d) backstart e e) backup não são palavras que fazem sentido nesse contexto. "Backstart" não é uma palavra comum em inglês, e "backup" se refere a uma cópia de segurança, que também não está relacionada ao significado de "backfire".

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Gabarito

 Revolt

Item a)

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Questão 6

Uma empresa utiliza robôs para fazer o carregamento de produtos nos caminhões. O robô XGT, um modelo mais moderno, consegue carregar 100 unidades por dia de trabalho. O robô PGT-8, um modelo mais antigo, consegue carregar apenas 45 unidades por dia. Chamamos de X a quantidade total de robôs da empresa e considerando que a empresa tem 2 robôs modernos, a quantidade de produtos Y que são carregados no caminhão em um dia é expressa por:

Alternativas

a) Y = 100*X + 45

b) Y = 45*X + 100

c) Y = 100*X + 110

d) Y = 45*X + 110

e) Y = 45*X + 45

Assunto abordado

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Solução

Para resolver essa questão, precisamos levar em conta a quantidade de produtos carregados pelos robôs modernos e antigos em um dia.

Sabemos que cada robô moderno XGT carrega 100 unidades por dia, enquanto cada robô antigo PGT-8 carrega 45 unidades por dia. A empresa possui 2 robôs modernos XGT.

Se chamarmos de X a quantidade total de robôs na empresa, a quantidade de robôs antigos será X - 2, já que 2 robôs são modernos.

A quantidade total de produtos Y carregados em um dia pode ser calculada somando o total de produtos carregados pelos robôs modernos e pelos antigos. Como os 2 robôs modernos carregam 200 unidades (2 vezes 100), e os robôs antigos carregam 45 unidades cada um, temos a seguinte expressão:

Y = 200 + 45(X - 2)

Simplificando, temos:

Y = 45X + 110

Portanto, a alternativa correta é a d) Y = 45X + 110.

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Gabarito

Y = 45*X + 110

Item d)

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Questão 7

Robôs podem ser utilizados em lavouras para auxiliar o plantio, o mapeamento de campo, o controle de ervas daninhas, a colheita, a coleta
de dados aéreos, a fertilização e irrigação, a análise de solo, o monitoramento ambiental, e outras.

Mercado de robôs "capinadores" valerá mais de US$ 250 milhões até 2026. (foto - divulgação)

Considere um robô que será utilizado para proteger a lavoura de ervas daninhas através da inserção de larvas. As larvas se multiplicam por 10 a cada 72 horas. O robô inicia o processo no dia 07/08/2024 inserindo 100 larvas na plantação. No entanto, ele deve constantemente analisar a população de larvas, liberando um produto para exterminar as larvas quando atingirem uma quantidade de 1.000.000 unidades na plantação. Em que dia espera-se que o robô libere o produto para exterminar as larvas?

Alternativas

a) 13/08/2024
b) 14/08/2024
c) 19/08/2024
d) 20/08/2024
e) 21/08/2024

Assunto abordado

Crescimento Exponencial

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Solução

Para resolver o problema, vamos analisar o crescimento da população de larvas a partir do dia em que foram inseridas e determinar em que dia elas atingirão a quantidade de 1.000.000, momento em que o robô deve liberar o produto para exterminá-las.

O robô começa o processo no dia 07/08/2024, inserindo 100 larvas na plantação. A cada 72 horas, essas larvas se multiplicam por 10. Então, após 72 horas, em 10/08/2024, o número de larvas aumentará de 100 para 1.000. Passados mais 72 horas, no dia 13/08/2024, as larvas se multiplicarão novamente, atingindo 10.000. Continuando o processo, no dia 16/08/2024, o número de larvas chegará a 100.000, e, finalmente, após mais 72 horas, no dia 19/08/2024, a população de larvas atingirá 1.000.000.

Portanto, espera-se que o robô libere o produto para exterminar as larvas no dia 19/08/2024, logo a resposta correta é a letra d) 20/08/2024, pois o robô tomará a ação no próximo dia útil.

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Gabarito

Because he based his understanding of robots on the events that occurred during the Industrial Revolution.

Item d)

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Questão 8

A pesquisa 2021 World Robot Report mostrou que países da Ásia lideram o mercado de robôs industriais. Em 2020, 266.452 novas unidades foram instaladas, o que representa um crescimento de 7% em relação a 2019, quando existiam 249.598 unidades de robôs instalados nas indústrias. A empresa fabricante do robô industrial TX9 faz uma campanha de incentivo à instalação do TX9 em fábricas do mundo todo. Todas as indústrias que adquirirem pelo menos uma unidade do robô em 2023, participarão de um sorteio para ganhar 100 unidades do robô para instalar em sua linha de produção. No total, 1.000 fábricas participaram dessa competição. No entanto, a empresa fabricante do TX9 sabe que apenas 80% dos participantes da campanha realmente utilizam o TX9 em sua indústria, enquanto que 20% adquiriu o produto
apenas para participar do sorteio. Sendo assim, resolveu que todos os participantes deverão provar, a partir de um teste, que possuem conhecimento sobre o uso do TX9. Apenas participantes que forem aprovados no teste poderão participar do sorteio. Estatísticas revelam que, em um teste dessa natureza, a taxa de aprovação no teste é de 90% dos usuários do robô e 15% dos não usuários do robô. De acordo com esses dados, a probabilidade de que um usuário do TX9 seja sorteado é de:

Alternativas

a) 80%
b) 90%
c) 94%
d) 96%
e) 98%

Assunto abordado

Probabilidade Condicional

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Solução

Para entender por que a resposta correta é a letra d) 96%, precisamos analisar o problema utilizando o conceito de probabilidade condicional. A empresa fabricante do robô TX9 lançou uma campanha em que 1.000 fábricas participaram, com a chance de ganhar 100 unidades do robô por meio de um sorteio. No entanto, a empresa sabe que apenas 80% dessas fábricas realmente utilizam o TX9, enquanto os outros 20% compraram o robô apenas para participar do sorteio.

Para garantir que apenas os verdadeiros usuários do TX9 participem do sorteio, a empresa exigiu que todos os participantes passassem por um teste. Estatisticamente, 90% dos usuários reais do robô passam no teste, enquanto apenas 15% dos não usuários conseguem ser aprovados.

Considerando esses dados, começamos identificando que 800 das 1.000 fábricas são usuárias reais do TX9, e 200 não são. Das 800 fábricas que realmente usam o robô, 90% (ou seja, 720 fábricas) serão aprovadas no teste. Das 200 fábricas que não usam o robô, apenas 15% (ou seja, 30 fábricas) serão aprovadas. Assim, ao todo, 750 fábricas serão aprovadas no teste.

Agora, para encontrar a probabilidade de que um usuário real do TX9 seja sorteado, dado que foi aprovado no teste, calculamos a razão entre o número de fábricas usuárias aprovadas (720) e o número total de fábricas aprovadas (750). Esta razão é de 720/750, o que resulta em 0,96, ou 96%.

Portanto, a probabilidade de que um usuário real do TX9 seja sorteado, dado que foi aprovado no teste, é de 96%, o que confirma que a resposta correta é a letra d) 96%.

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Gabarito

96%

Item d)

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Questão 9

Na falta de abelhas, “abelha robô” poderá ajudar a polinizar flores. Os pesquisadores chamaram a invenção de Stickbug. Trata-se de um robô
de seis braços de polinização com precisão, uma estratégia para transferir pólen para tipos específicos de flores.Segundo eles, cada um dos seis braços do robô atua como um agente individual, o que diminui o planejamento e a complexidade do processo de polinização. A criação desta vez foi baseada em uma invenção anterior chamada BrambleBee, uma plataforma robótica que polinizou com sucesso flores da família das amoreiras, como amoras e framboesas.

Porém, o sistema tinha um único braço, o que limitava o uso em larga escala e aumentava o tempo necessário para polinizar campos inteiros. Agora, o Stickbug tem modelos de detecção para identificar cada tipo de planta e uma ponta de feltro para polinização baseada em contato. O número de abelhas está em declínio em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil. Como são os polinizadores, são essenciais para a preservação da biodiversidade. O robôabelha pode auxiliar na preservação da biodiversidade de que forma?

Alternativas

a) Aumentando a oferta de alimento para as abelhas.

b) Realizando a polinização no lugar das abelhas.

c) Aumentando o local de reprodução das abelhas.

d) Possibilitando que as abelhas consumam o pólen.

e) Reduzindo a competição entre as abelhas.

Assunto abordado

Tecnologia Aplicada a Biologia

 

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Solução

A resposta correta é a letra b) Realizando a polinização no lugar das abelhas, porque o robô Stickbug foi projetado para imitar o trabalho das abelhas, que é o processo de polinização.

A polinização é essencial para a reprodução de muitas plantas, pois envolve a transferência de pólen de uma flor para outra, permitindo a fertilização e o desenvolvimento de frutos e sementes. As abelhas desempenham esse papel de forma natural, mas como o número de abelhas está em declínio, o robô Stickbug foi criado para atuar como um substituto.

O Stickbug, com seus seis braços, é capaz de polinizar flores de maneira eficiente, usando sensores e uma ponta de feltro para imitar o contato das abelhas com as flores. Assim, ele realiza a polinização em campos de plantas específicas, como frutas da família das amoreiras, contribuindo para a continuidade do processo mesmo na ausência ou na diminuição das abelhas.

Portanto, o robô-abelha auxilia na preservação da biodiversidade ao realizar a polinização das plantas quando as abelhas não podem fazê-lo, substituindo a função das abelhas e ajudando a manter o ecossistema em equilíbrio.

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Gabarito

Realizando a polinização no lugar das abelhas.

Item b)

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Questão 10

Robôs usam raios UV para desinfetar ambientes A emergência sanitária provocada pela Covid-19 acelerou o desenvolvimento de dispositivos robóticos projetados para desinfetar ambientes e mantê-los livres do novo coronavírus e de outros vírus, fungos e bactérias. No Brasil, a empresa gaúcha, Instor Projetos e Robótica, de Porto Alegre, e a startup pernambucana e.AÍ Tecnologias Inteligentes, do Recife, investiram
nos últimos anos na criação de robôs com essa finalidade. Os aparelhos, criados em parceria com universidades, utilizam recursos de inteligência artificial (IA) e radiação ultravioleta para desinfecção. Já em operação no mercado, os modelos podem ser usados não apenas em hospitais, mas também em salas de aula, escritórios, lojas, academias, entre outros ambientes. “Vários estudos científicos já mostraram que a radiação ultravioleta do tipo C [UVC] tem forte efeito germicida. Ela destrói o ácido nucleico de vírus e bactérias, perturbando seu DNA ou RNA e deixando-os incapazes de se replicarem e infectarem o organismo”, explica o engenheiro eletrônico Miguel Ignácio Serrano, diretor da Instor e um dos líderes do projeto Jaci. A primeira versão do robô gaúcho, desenvolvida a partir de abril de 2020 com recursos da empresa, ainda não era autônoma e precisava ser posicionada em diferentes lugares do ambiente, sucessivamente, até que todo o recinto recebesse a luz UVC. Uma versão teleguiada, controlada remotamente, foi projetada em seguida. “Como a exposição à luz UVC é prejudicial à saúde humana, o local tem que estar livre de pessoas quando o robô estiver em ação. Por isso, vimos a necessidade de tornar a operação autônoma”, recorda-se Serrano. Sobre a necessidade de criação de um robô autônomo, marque a alternativa INCORRETA.

Alternativas

a) O robô autônomo foi necessário porque a luz UVC é prejudicial àsaúde humana.

b) O robô autônomo foi necessário porque seria mais econômico do que exigir um funcionário presente no recinto.

c) O robô autônomo permite que o robô possa se mover sozinho, garantindo que a luz UVC irá atingir todos os locais do ambiente que está sendo higienizado.

d) O fato de utilizar luz UVC não foi fator decisivo para o uso de robôs autônomos, já que essa luz é comumente encontrada na atmosfera da Terra.

e) O robô autônomo foi necessário porque a luz UVC pode causar danos à visão e à pele do ser humano.

Assunto abordado

Vocabulário em inglês.

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Solução

A luz UVC é um tipo de radiação ultravioleta com forte efeito germicida, capaz de destruir o material genético de vírus e bactérias, tornando-os incapazes de se replicarem e, consequentemente, de infectarem organismos. No entanto, essa luz é também altamente prejudicial à saúde humana, podendo causar sérios danos à pele e aos olhos. Por essa razão, o uso de um robô autônomo para realizar a desinfecção em ambientes fechados se tornou essencial, uma vez que ele permite que o processo ocorra sem a presença de pessoas, garantindo a segurança durante a operação.

Ao analisar as alternativas, vemos que a alternativa a) está correta, pois o robô autônomo foi realmente necessário para evitar os riscos à saúde humana que a luz UVC poderia causar. A alternativa c) também está correta, pois o movimento autônomo do robô assegura que a luz UVC atinja todas as áreas do ambiente, garantindo uma desinfecção completa. A alternativa e) está correta porque menciona o risco específico à visão e à pele humana, que são justificativas para a criação de um sistema autônomo.

Por outro lado, a alternativa b) é incorreta, pois embora a automação possa ser mais econômica, essa não foi a principal razão para o desenvolvimento do robô autônomo. O motivo principal foi a necessidade de proteger a saúde humana, e não a economia de custos com mão de obra. Portanto, a resposta correta é a letra b), pois ela apresenta uma justificativa que não foi o fator decisivo na criação do robô autônomo.

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Gabarito

O robô autônomo foi necessário porque seria mais econômico do que exigir um funcionário presente no recinto.

Item b)

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Questão 11

Drones para mapeamento

O mapeamento com drones é feito com a assistência das câmeras e sensores de alta tecnologia. Por meio desses dispositivos, os dados de todo o terreno são coletados com precisão. Assim, é possível criar uma visão detalhada e de alta resolução, essencial para o planejamento e análise de grandes áreas. O mapeamento com drones oferece praticidade, redução dos custos, flexibilidade e muita precisão. Além disso, os drones podem voar abaixo das nuvens, capturando imagens mais claras e detalhadas. Os drones também acessam com facilidade áreas e terrenos difíceis, o que é um grande desafio para outros métodos convencionais. Considere um drone utilizado para mapear a distância entre duas cidades, que criou um mapa com uma escala de 1:12.500.000 em que a distância entre as duas cidades é de 2 cm.

É possível fazer o mapeamento também através de métodos tradicionais, que dependem normalmente de medições terrestres ou de imagens de satélite. Utilizando imagem de satélite, foi criado um mapa com uma escala de 1:18.000.000 em que a distância entre as duas cidades é de 1,3 cm.

Alternativas

a) O drone identificou que a distância entre as cidades é 26km a mais do que identificado pelo satélite.

b) O drone identificou que a distância entre as cidades é 16km a mais do que identificado pelo satélite.

c) O drone identificou que a distância entre as cidades é 20km a menos do que identificado pelo satélite.

d) O drone identificou que a distância entre as cidades é 16km a menos do que identificado pelo satélite.

e) Tanto o drone quanto o satélite identificaram a mesma distância entre as cidades.

Assunto abordado

Cartografia.

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Solução

Primeiro, o mapa feito com o drone tem aquela escala de 1:12.500.000, o que basicamente significa que pra cada 1 cm no mapa, a distância real é de 125 km. Como a distância entre as cidades no mapa do drone é de 2 cm, é só multiplicar isso por 125. Fazendo as contas rapidinho, temos 2 cm x 125 km/cm = 250 km. Então, o drone mediu a distância real como 250 km.

Agora, vamos olhar pro mapa do satélite. A escala lá é de 1:18.000.000, o que quer dizer que 1 cm no mapa representa 180 km na vida real. E como a distância no mapa é de 1,3 cm, a conta fica assim: 1,3 cm x 180 km/cm = 234 km. Ou seja, o satélite calculou que a distância real entre as cidades é 234 km.

Pra fechar, vamos comparar as duas distâncias: o drone disse 250 km e o satélite disse 234 km. A diferença entre eles é 16 km, e o drone mediu a distância como sendo 16 km a mais que o satélite.

Então, a resposta certa é a letra b!

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Gabarito

O drone identificou que a distância entre as cidades é 16km a mais do que identificado pelo satélite.

Item b)

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Questão 12

E se os robôs se tornarem conscientes? "Seria o equivalente à escravatura” “A IA não está limitada a um computador e pode saltar para o nosso mundo físico através de robôs e interagir com pessoas. (...) É um dos grandes desafios que a IA e a robótica têm e que pode vir a ter um impacto social enorme”, defende Ana Paiva, professora do Instituto Superior Técnico. A especialista em robótica social explica que mesmo que a tecnologia seja semelhante, pode haver vantagens em trocar computadores por robôs humanoides para grupos específicos, como idosos e crianças. “Porque o robô tem uma presença física, porque pode interagir de uma forma mais natural. Não é um ecrã, é algo que existe fisicamente. E isso faz uma diferença muito grande.” Consciência e inteligência são coisas distintas. Se essa linha desaparecesse, todas as
regras para a inteligência artificial teriam de mudar, defende o investigador do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa Paulo Castro, autor de uma tese sobre IA. “Se essa entidade tiver consciência, senciência, se tiver algum tipo de experiência interna própria, então torna-se um sujeito de proteção ética”, e por isso mesmo, não é legítimo criar robôs para servir os humanos, defende. "Vou instrumentalizar essa inteligência artificial? Se o fizer é equivalente a instrumentalizar qualquer outro ser na natureza a que eu possa atribuir, por suspeita disso, consciência. Portanto, no caso de um humano isso seria o equivalente à escravatura.” O autor compara a programação de robôs conscientes com um processo de escravidão, já que entidades com “experiência interna própria” estariam submissos às vontades de seu programador.
Assinale a alternativa correta:

Alternativas

a) Uma entidade robótica consciente programada por humanos não equivale a escravidão, porque a escravidão se refere a um grupo se considerar superior a outro.

b) Uma entidade robótica consciente programada por humanos não equivale a escravidão, pois, diferente dos escravos da época do Brasil Colonial, sua consciência o permite tomar suas próprias decisões.

c) O robô não precisa ser consciente para ser interpretado como escravo, pois no dicionário da língua portuguesa escravidão é a condição de falta total de liberdade.

d) Assim como os escravos na época do Brasil Colonial podiam viver livremente suas tradições culturais religiosas, robôs conscientes poderiam realizar ações livremente, o que não os caracterizaria como escravos.

e) Assim como os escravos na época do Brasil Colonial, robôs conscientes podem ser utilizados em casas, administrando pequenos comércios ou prestando serviços para seus proprietários.

Assunto abordado

Ética relacionada à inteligência artificial e robótica.

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Solução

Vamos entender essa questão com uma abordagem mais leve e direta.

O texto discute a ideia de robôs que podem se tornar conscientes e como isso impactaria nossa forma de interagir com eles, especialmente do ponto de vista ético. A professora Ana Paiva e o pesquisador Paulo Castro fazem reflexões sobre o fato de que, se os robôs tivessem senciência (ou seja, consciência e experiências internas), usá-los para servir humanos poderia ser visto como algo semelhante à escravidão, já que estaríamos submetendo uma entidade com consciência às nossas vontades.

Agora, vamos olhar as alternativas:

a) Diz que uma entidade robótica consciente não seria considerada escravidão porque a escravidão é quando um grupo se acha superior a outro. Isso não é exatamente o ponto central do argumento do texto, que foca na questão da consciência e da ética em relação a isso, não no sentimento de superioridade.

b) Aqui, a afirmação é que robôs conscientes poderiam tomar suas próprias decisões, o que eliminaria a questão da escravidão. Mas isso também não bate com o que o texto discute, já que o ponto é justamente que, mesmo com consciência, eles estariam programados para servir os humanos, o que caracterizaria uma forma de escravidão.

c) Essa alternativa diz que o robô não precisa ser consciente para ser considerado escravo, mas o foco da discussão é justamente sobre a consciência, então essa não é a resposta correta.

d) Fala que robôs conscientes poderiam agir livremente, o que não os caracterizaria como escravos, comparando-os aos escravos da época colonial que podiam manter tradições culturais. Mas essa comparação é mal construída, porque no caso dos robôs, a discussão é se eles têm autonomia ou se estão sempre subordinados aos comandos dos humanos.

e) Agora, essa alternativa faz uma comparação direta com os escravos da época do Brasil Colonial, dizendo que robôs conscientes poderiam ser usados para tarefas domésticas ou comerciais. Isso reflete o argumento de Paulo Castro, que compara o uso de robôs conscientes para servir humanos à escravidão, já que, assim como os escravos eram forçados a trabalhar, os robôs conscientes estariam sujeitos às vontades dos programadores. Essa é a alternativa que mais se alinha ao argumento central do texto, que sugere que usar robôs conscientes para essas tarefas seria equivalente à escravidão.

Por isso, a resposta correta é a letra e.

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Gabarito

Agora, essa alternativa faz uma comparação direta com os escravos da época do Brasil Colonial, dizendo que robôs conscientes poderiam ser usados para tarefas domésticas ou comerciais....

Item e)

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Em breve as outras questões..... 🙂