Desafio Noic de Filosofia 05

Iremos aqui apresentar quatro tópicos, expressos em três diferentes línguas (inglês, espanhol e português), e um ensaio modelo, igualmente escrito em uma dessas línguas. Os Desafios Noic são um espaço opcional para vocês, estudantes, enviarem suas produções, que serão lidas e avaliadas por nossa equipe. Por meio de seus e-mails, cada um receberá, além de suas respectivas notas atribuídas para cada competência, um comentário personalizado com sugestões e críticas construtivas a respeito de seu repertório, argumentação, estilo de escrita e domínio da língua. Importante ressaltar que a correção se dará apenas para produções no modelo dos ensaios da IPO; isto é, ensaios filosóficos de 800 a 4000 palavras, escritos em uma das línguas passíveis de correção pela nossa equipe, a saber inglês, espanhol e português. Ainda assim, os melhores ensaios que nos forem enviados, com o consenso do autor, serão publicados.

Como modelo, disponibilizaremos um ensaio na língua inglesa, escrito por Etta Selim. Para poder lê-lo, basta clicar aqui; e caso queira ter acesso aos ensaios passados, bastar clicar aqui.

Tópicos:

1.

“The painter who depicts merely by practice and judgment of the eye, without reason, is like a mirror, that imitates on itself all things in front of it, without knowing them.”

Leonardo da Vinci, Codex Atl.

“El pintor que pinta por práctica y juicio del ojo, sin razón, es como el espejo, que imita en sí todas las cosas opuestas a sí mismo, sin tener cognición de ellas.”

Leonardo da Vinci, Codex Atl.

“O pintor que pinta meramente por prática e juízo de olho, sem razão, é como um espelho, que imita em si todas as coisas em sua frente, sem conhecê-las”.

Leonardo da Vinci, Codex Atl.

2.

“In a technological age public professional interaction requires neutrality of thought for effective collaboration and political coexistence. As an administrative attitude neutrality differs from tolerance which is an ethical virtue; but neutrality in the professional sphere is implied and included within the ethical virtue of tolerance. Note that this objective modification of the virtue of tolerance, from patience in regard to other persons’ defective acts to permission of different types of activity, is an objective modification of virtue in our technological society.”

Tomonobu Imamichi, “The Concept of an Eco-ethics and the Development of Moral Thought” (1989).

“En la época de la técnica, la interacción pública y profesional exige neutralidad de pensamiento para que haya colaboración eficaz y coexistencia política. En tanto que actitud administrativa, esta neutralidad difiere de la tolerancia que es una virtud ética; pero la neutralidad en la esfera profesional procede de la virtud ética de la tolerancia y es parte de ella. Esta modificación objetiva de la virtud de la tolerancia, que de paciencia hacia las acciones defectibles de los otros pasa a permitir diversas formas de pensamiento, corresponde a una modificación objetiva de la virtud en nuestra sociedad tecnológica”.

Tomonobu Imamichi, “La idea de eco-ética y el desarrollo del pensamiento moral” (1989).

“Na era técnica, a interação pública e profissional exige neutralidade de pensamento para que haja colaboração efetiva e coexistência política. Como atitude administrativa, essa neutralidade difere da tolerância que é uma virtude ética; mas a neutralidade na esfera profissional provém da virtude ética da tolerância e faz parte dela. Essa modificação objetiva da virtude da tolerância, que é a paciência com as ações defeituosas de outros que permitem várias formas de pensar, corresponde a uma modificação objetiva da virtude em nossa sociedade tecnológica.”

Tomonobu Imamichi, “A ideia de eco-ética e o desenvolvimento do pensamento moral" (1989).

3.

 “Another problem with people who fail to examine themselves is that they often prove all too easily influenced. When a talented demagogue addressed the Athenians with moving rhetoric but bad arguments, they were all too ready to be swayed, without ever examining the argument.”

Martha C. Nussbaum, Not for Profit: Why Democracy Needs the Humanities (2010).

“Otro problema con las personas que no hacen un examen crítico de sí mismas es que, con frecuencia, resultan demasiado influenciables. Cuando un orador con talento para la demagogia se dirigía a los atenienses con una retórica conmovedora, aunque sus argumentaciones no fueran coherentes éstos se dejaban llevar sin analizar esas argumentaciones”.

Martha C. Nussbaum, Sin fines de lucro. Por qué la democracia necesita de las humanidades (2010).

“Outro problema com as pessoas que não conseguem se examinar é que elas frequentemente se mostram facilmente influenciadas. Quando um demagogo talentoso dirigiu-se aos atenienses com retórica comovente, mas com argumentos ruins, eles estavam prontos demais para serem influenciados, sem nunca examinar o argumento.”

Martha C. Nussbaum, Sem fins lucrativos: Por que a democracia precisa das humanidades (2010).

4.

“Choosing to kill the innocent as a means to your ends is always murder…Killing the innocent, even if you know as a matter of statistical certainty that the things you do involve it, is not necessarily murder….On the other hand, unscrupulousness in considering the possibilities turns it into murder.”

G.E.M. Anscombe, “Mr Truman’s Degree”, in her Collected Philosophical Papers, vol. III (Ethics, Religion and Politics).

“Decidir matar a un inocente como medio para lograr un fin siempre significa cometer un asesinato… Matar al inocente, incluso si tienes certeza estadística de que las cosas que haces lo implican, no es necesariamente cometer un asesinato… Por otro lado, la falta de escrúpulos en la consideración de las posibilidades lo convierte en asesinato.”

G.E.M. Anscombe, Ética, Política y Religión.

“Escolher matar a um inocente como meio para alcançar seus fins é sempre assassinato... Matar um inocente, ainda que você tenha certeza estatística de que as coisas que faz o implicarão, não é necessariamente cometer um assassinato... Por outro lado, a falta de escrúpulos em considerar tais possibilidades a torna um assassinato.”

G.E.M. Anscombe, Ética, Política e Religião.

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